Nos corredores mais restritos da Barra Funda, aqueles por onde circulam os profissionais que integram os diversos comitês da emissora, há certa ciumeira com a programação dominical do SBT. A Record foi obrigada a trocar o “Tudo é Possível” pelo “Tudo a Ver” e esticar o “Programa do Gugu”, enquanto a concorrente mantém o “Domingo Legal” e “Eliana”. Nestas crises de ciúmes, há quem fale como se fosse verdade que as duas atrações do SBT não se pagam, que em breve deixarão a grade e que os apresentadores não renovarão contratos porque alguém está descontente. É a velha mania de apontar defeitos nos outros para não ter que enxergar os próprios erros. É a velha mania de transformar em verdade aquilo que se quer acreditar.
O domingo do SBT e da Record seguem caminhos bem diferentes, apesar dos formatos semelhantes dos programas de auditório. O “Tudo a Ver” entrou no ar provisoriamente até a emissora desenvolver um projeto para o horário. O problema é que o programa garante audiência com custo zero, uma vez que recorre a sobras de outras atrações ou a reprises de quadros, brincadeiras e situações. O provisório virou definitivo! O “Domingo Legal” ganhou o comando de Celso Portiolli depois que Gugu trocou de emissora. Ajustes foram feitos e agora a equação audiência/faturamento é considerada positiva.
Eliana tem fila de espera para merchandising, representa o terceiro faturamento do SBT, mantém os quadros, investe em conteúdo e está na vice-liderança, seja através de empates ou com diferença no placar. O “Programa do Gugu” vai ganhar novos quadros para ter mais elementos para aquecer a guerra pelos números, mas é prejudicado pela velha ideia dos responsáveis pela grade em esticar projetos, alterar horários, eliminar janelas comerciais para potencializar a audiência. Assim, não tem como crescer. É importante deixar bem claro que a ciumeira não está na equipe de Gugu Liberato, que trabalha intensamente para encontrar a melhor forma de atrair audiência e faturamento, mesmo com uma extensão bem maior e menos intervalos para as ações comerciais.
Fonte: José Armando Vanucci (Jovem Pan)
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