O apresentador e humorista Danilo Gentili concedeu sua primeira entrevista após assinar contrato com o SBT, para o site Notícias da TV, do colunista Daniel Castro. Veja os principais trechos:
Motivo de sair da Band - "Na Band, queriam diminuir o salário do Ultraje, não iam dar aumento para o Léo [Lins] e para o [Murilo] Couto. Iam tirar um dia do Agora É Tarde [as sextas-feiras passariam a ter o melhor da semana]. Além disso, tinham cortado a minha equipe. Se já era pesado levar o programa, ficou mais pesado ainda".
A escolha do SBT - "Em compensação, se a Band estava tirando um dia, o SBT estava dando um dia a mais [de segunda a sexta]; se estavam reduzindo salário, o SBT dava aumento; se estavam diminuindo a minha equipe, o SBT estava aumentando a minha O SBT oferece uma estrutura melhor, que vai de figurino a cenografia, a condições para a gente colocar em prática muitas piadas".
Porque o SBT e não a Record - "Na verdade, não é que cheguei a negociar com a Record. Sempre procurei ter uma relação muito amigável com todas as emissoras porque o programa precisa para ter o casting das outras emissoras. Houve uma tentativa de conversa com a Record, mas o SBT me atraiu porque tem o histórico do Jô Onze e Meia. E o SBT está montando uma grade que é bem parecida com a que eu tinha na Band e eu gostava muito que é eu, o jornal e o Otávio Mesquita. Além disso, o SBT tem um ambiente, um bastidor muito amigável".
Saída acordada entre todos - "Talk show é conversa e nenhuma conversa é agradável, é divertida, se não for de verdade. Então [ir para o SBT] sempre foi uma decisão em grupo. Sempre deixei claro que se uma pessoa, duas pessoas, não quisessem ir, a gente não iria. Então, estava todo mundo muito confortável com a mudança, inclusive o [Marcelo] Mansfield".
Marcelo Mansfield no SBT - "(...) recebi um SMS do Marcelo Mansfield dizendo que ele não era feliz no programa e que ia renovar o contrato dele com a Band. Ninguém entendeu nada. Teve uma reunião na quinta e ele [Mansfield] a pessoa mais empolgada em ir para o SBT. Ele falava que lá ia participar de outros programas, que o salário ia ser maior, que ia ter vaga no estacionamento. Ele estava quase evangelizando as pessoas para irem para o SBT".
Liberdade na nova emissora - "Enquanto eu não tiver uma emissora de TV eu vou estar sujeito a vetos de todos os tipos porque só quando eu tiver minha emissora eu vou poder colocar no ar tudo o que eu quero. Eles sabem muito bem quem eles estão contratando, toda a liberdade de piada foi pré-conversada, pré-acordada, eles sabem que tipo de programa eles estão levando, para que tipo de gente eles estão abrindo a casa".
Novo nome e novos quadros - "Certamente [nome diferente e será parecido com o Agora é Tarde], e com quadros novos. Então a gente vai continuar fazendo um talk show late night, com praticamente o mesmo elenco e as pessoas que ajudaram a fazer o bastidor".
Upgrade no conteúdo - "Só que o que falei para toda equipe é que o público tem entendido que estamos indo para uma emissora maior, em estrutura e também em audiência. Então, é uma preocupação minha, que o elenco entenda, é que se a gente está indo para uma emissora maior, a gente tem que ficar maior também, fazer um upgrade no nosso próprio conteúdo. As piadas que eu faço, as piadas que o Leo e o Couto fazem, os quadros, tudo isso precisa ser melhorado".
Implantação do formato e estreia - "Estou implantando desde uma semana antes do Natal. Já estou organizando organograma, estruturando o bastidor. A gente quer estrear no início da temporada, logo após o Carnaval".