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terça-feira, 17 de julho de 2012

Boury não descarta Remake de Chiquititas.



Longe de vislumbrar uma crise de criatividade na teledramaturgia brasileira atual – o número de remakes não para de crescer –, Reynaldo Boury, o diretor do fenômeno de audiência Carrossel, do SBT/Alterosa, diz que o pensamento dele e da emissora de Sílvio Santos está voltado, no momento, para as crianças. “Elas estão muito carentes, principalmente de novela infantojuvenil”, justifica Boury, um veterano da telinha, cuja trajetória inclui passagens pelas extintas TVs Excelsior e Tupi, além da Globo.

No SBT desde 2010, depois de Amor & revolução, de Tiago Santiago, Boury aceitou o convite para substituir Del Rangel na direção de Carrossel, escrita por ninguém menos do que a mulher de Sílvio Santos, Íris Abravanel. “Os remakes”, admite Reynaldo Boury, “sempre são necessários”. Como faz questão de lembrar, a trama atualmente apresentada pelo SBT é exatamente a mesma do original mexicano exibido pela emissora paulistana em 1991. Além de mensagens e solidariedade, a trama não foge ao debate de temas como o preconceito social e racial.

“As crianças precisam saber conviver com os problemas do preconceito. Estamos fazendo tudo com muito cuidado. Infelizmente, essa ainda é a nossa realidade”, analisa o diretor, admitindo que Helena, a protagonista de Carrossel, é uma “professora de antigamente”. “O que é muito bom. Passa uma boa mensagem para as crianças”, acrescenta Reynaldo Boury, confiante de que o SBT vai continuar contribuindo para o fortalecimento da programação infantojuvenil na telinha. “Estamos procurando dar às crianças o entretenimento que elas necessitam”, diz o diretor, que não descarta a possibilidade de um remake de Chiquititas.

“Nada está resolvido quanto à próxima novela”, desconversa Boury, destacando a presença de Íris Abravanel no setor. “A Íris é uma batalhadora entre os novos autores. Está se saindo muito bem”, elogia. A existência de uma crise na teledramaturgia brasileira é descartada pelo diretor: “Não acho que exista uma crise de criatividade”. Instigado a comparar a produção de novela nas emissoras nacionais (SBT/Alterosa, Globo e Record), Reynaldo Boury lembra que a TV Globo faz telenovela há mais de 40 anos. “Com certeza, ela leva vantagem no ramo”.

Já a provável interferência dos proprietários das mesmas no desenrolar das tramas é descartada por Boury. “O Sílvio Santos nunca interferiu em Amor & revolução e emCarrossel só tem elogiado o nosso trabalho”, garante o diretor, para quem não houve qualquer alteração nos rumos da novela de Tiago Santiago, que se propôs a abordar pela primeira vez na TV a ditadura militar brasileira. Sobre os próximos trabalhos, Boury diz que pretende continuar dirigindo novelas enquanto a saúde permitir.

Reynaldo Boury acredita que as décadas de 1970, 80 e 90 viveram o auge da teledramaturgia brasileira graças a tramas campeãs de audiência como Dancin’ days (1978-1979), Roque Santeiro (1985-1986) e Tieta (1989-1990), as três da Globo, a última, não por acaso, dirigida por ele. Crise no meio? “Que crise?”, interroga-se o diretor, que também não vê no formato minissérie uma alternativa. “Minissérie nada tem a ver com novela. São dois produtos distintos”, conclui com a experiência de quem ingressou na TV como câmera, ainda na TV Tupi. O diretor é pai da roteirista Margareth Boury e do também diretor Alexandre Boury.
Remakes
No ar
Carrossel (SBT/Alterosa)
Gabriela (Globo)
Rebelde (Record)

Vem aí
Chiquititas (SBT/Alterosa)
Dancin days (Globo)
Guerra dos sexos (Globo)
Atriz destaca a fantasia
A TV aberta brasileira investe cada vez menos no universo infantil. “Apenas no horário da manhã”, constata Rosanne Mulholland, a intérprete da professora Helena Fernández deCarrossel. Em seu primeiro papel no SBT/Alterosa, depois de passagens pela Band (A liga eÁgua na boca) e Globo (Sete pecados), a atriz brasiliense recorda que foi confiante para o teste da protagonista da trama, que acabou ficando com ela. Rosanne tem também carreira no teatro e no cinema, onde se destacou em filmes como Falsa loura, de Carlos Reichenbach, e Meu mundo em perigo, de José Eduardo Belmonte.

“Carrossel é uma novela diferente, principalmente pelo horário. Ela leva o telespectador para um universo mais puro, para a coisa da imaginação e da fantasia. Fora isso, a presença da criançada também acaba dando um diferencial, já que na maioria das tramas os adultos que predominam. Enfim, acho que o sucesso se deve ao conjunto da obra”, avalia Rosane, feliz, também, por trabalhar ao lado de Reynaldo Boury. “Trata-se de um diretor de currículo enorme. É bom ser dirigida por ele”, justifica a atriz.

Rosanne Mulholland não deixa de elogiar, também, a autora Íris Abravanel, cujo “texto supergostoso”, segundo admite, acabou responsável por inserir mais fantasia na trama de origem mexicana. “Principalmente pelo Adriano (personagem interpretado pelo ator Konstantino Atanassopolus), que, além de embarcar nesse universo, está sempre dormindo nas aulas da professora Helena”, recorda a atriz. Na opinião dela, a garotada hoje faz pouco uso da imaginação na hora de brincar. “É preciso embarcar nela”, aconselha Rosanne.

A própria protagonista Helena Fernández é diferente, analisa a atriz, por se preocupar mais com seus alunos. “Até porque, ela acredita que a vida pessoal influencia na escola”, repara Rosanne, que diz ter-se inspirado mais subjetivamente na busca da personagem que conhece desde a infância, quando acompanhou a novela original, também exibida pelo SBT.

“Além das lembranças e sentimentos que tinha de Helena, na hora de compô-la pensei também em algumas princesas da Disney e na minha própria experiência como professora. Já dei aulas de inglês para crianças e acho que isso foi essencial para que fizesse dela uma pessoa encantadora”, conclui Rosanne Mulholland.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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