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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Entrevista: Caio Blat: "Foi em Éramos Seis que aprendi minha profissão".



 Aos 32 anos, Caio Blat é sinônimo de atuação impecável e personagens bem trabalhados. Seu início de carreira foi ainda criança, em comerciais para a televisão. A estreia na teledramaturgia só viria aos 11 anos, em uma participação no seriado O mundo da Lua, da TV Cultura. Aos 14 anos, em 1994, foi convidado para fazer sua primeira novela no SBT: Éramos seis, escrita por Sílvio de Abreu. A ida para a Globo aconteceu em 1999, quando foi escalado para viver o polêmico par romântico de Gabriela Duarte na primeira fase da minissérie Chiquinha Gonzaga. De lá para cá, fez mais de 11 novelas, entre elas Um anjo caiu do céu (2001), Da cor do pecado (2004), Ciranda de pedra (2008), Caminho das Índias (2009) e Lado a lado (2012).  Já no cinema o ator teve oportunidade de assumir papéis diferentes do que costumava fazer na telinha. Seu currículo inclui filmes violentos como Cama de gato (2002) – no qual interpretou um jovem de classe média envolvido em um estupro – e Carandiru (2003). Nas próximas semanas Caio vai cumprir mais uma etapa: ele despede-se do vilão Fernando, o filho bastardo do inescrupuloso senador Bonifácio (Cássio Gabus Mendes) na novela Lado a lado. Nesta entrevista, o ator conta como foi viver um jovem racista do início do século 20 e fala sobre a torcida pelo novo trabalho da mulher, a atriz Maria Ribeiro, que integrará o novo elenco do programa feminino Saia justa, no canal por assinatura GNT.

Como você avalia Lado a lado?
Acho que foi um grande sucesso pela qualidade da realização. Desde o texto, passando pelas mãos do Dennis Carvalho (diretor de núcleo) e do Vinícius Coimbra (diretor geral), e pela sintonia de todo o elenco. Uma novela de época, mas com trilha e interpretação modernas.

Você diria que o Fernando foi um vilão diferente?
Ele é o tipo de vilão que se sente vítima. É amargurado, com sentimento de inferioridade, e isso gerou nele uma grande revolta. Toda a sua arrogância, seu racismo, vem da sua insegurança, principalmente ao saber que é bastardo, ou ainda, filho de uma negra. Foi um prazer e um ótimo desafio interpretar esse personagem.

Racismo, aliás, é um tema presente ainda hoje. A novela de época ajuda a abordá-lo melhor?
Na verdade, a novela de época nos fala de forma irônica sobre nosso presente. Esse é um ponto positivo desse tipo de trama, que é muito saborosa e bonita de fazer.

O Fernando merece alguma punição no final da novela?
Gostaria que provasse do próprio preconceito ao ter sua origem revelada.

Pode-se dizer que você trabalhou com amigos?
Sim. O Cássio Gabus Mendes é um dos meus ídolos, e a relação do Fernando com o pai foi um dos pontos altos da novela, no meu ponto de vista. Fruto do enorme prazer que temos nesse encontro. Mas já havia contracenado com ele anteriormente, de forma dramática, no filme Batismo de sangue. Já com a Alessandra Negrini contracenei há muitos anos, no seriado Retrato de mulher, e somos bons amigos. Isso ajuda muito no trabalho.

Agora você vai tirar férias ou tem outro projeto?
Vou montar Os irmãos Karamazov, de Dostoiévski, no teatro, ainda este ano. A direção será do Márcio Aurélio. Além disso, lançarei o filme A pele do cordeiro, de Paulo Morelli.

Sua primeira novela foi Éramos seis, do SBT. Tem boas lembranças desse trabalho?
Todas. Foi inesquecível! Tinha a Irene Ravache, o Othon Bastos... Foi ali que aprendi a minha profissão.

Há algum personagem que você gostaria de interpretar e que não teve oportunidade? Ou algum autor que gostaria de encenar?
Gostaria muito de fazer um filme com textos do autor modernista português Mário de Sá-Carneiro. Adoro suas peças, contos e romances.

A Maria Ribeiro, sua mulher, estreia agora no time de apresentadoras do Saia justa (GNT). Pretende assistir aos programas?
Não só assistir como também discutir os temas com ela. E torcer muito! Acho que ela vai se sentir em casa.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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