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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Colunista da Contigo diz: "Carrossel é uma fofura e não deve nada ao original".



Estou muito feliz. Há tempos não vejo o SBT colocar no ar uma produção tão bacana quantoCarrossel. Não que Corações Feridos tenha sido de todo ruim, mas a trama passou praticamente em branco, não fossem as boas atuações de Ronaldo Oliva e Flávio Tolezani.Carrossel, não. É um acerto em todas as frentes: texto, produção técnica, elenco… Até a abertura, quesito em que normalmente a emissora não dá uma dentro, é ótima. Uma fofura muito bem desenvolvida e totalmente em harmonia com a história. Iris Abravanel atinge sua maioridade como autora, fazendo uma adaptação primorosa, fiel à produção original, mas repleta de características nacionais. No primeiro capítulo, ela fez uma excelente apresentação dos personagens, marcando bem cada um dos alunos protagonistas do terceiro ano da Escola Mundial. E também os adultos… Rosanne Mulholland está ótima como a mitológica Professora Helena: doce, suave, mas firme nos momentos certos. Ou seja: uma pessoa normal. E serve de contraponto para o divertido exagero da diretora Olívia (Noemi Gerbelli).
O elenco infantil é um achado. Dou um ligeiro destaque para Larissa Manoela (como a insuportável Maria Joaquina), Maísa Silva (a esperta Valéria) e Lucas Santos (o delinquente Paulo). Mas faço questão de citar todos os pequenos talentos: Gustavo Daneluz (Mario), Ana V. Zimmermann (Marcelina), Matheus Ueta (Kokimoto), Nicholas Torres (Jaime), Aysha Benelli (Laura), Fernanda Concon (Alícia), Stefany Vaz (Carmen), Thomaz Costa (Daniel), Victória Diniz (Bibi) e Guilherme Seta (Davi). Faço um pequeno senão para Jean Paulo Campos, que faz o meigo Cirilo. Por vezes, parece que o menino está anestesiado e fala tudo muito decorado. Mas espero que seja apenas nervosismo e inexperiência e que logo ele entre no pique dos colegas, já que Cirilo é um personagem tão importante à trama.
A produção de arte caprichou na cor e os cenários ficaram bem bonitinhos… Só acho que um menos ali seria mais. Tem núcleos, como o quarto da Valéria, que parece cegar a gente a qualquer momento com tanta cor e informação. Mas, no geral, tudo é bem bacana. Curti demais também os recursos gráficos que surgem na tela em algumas cenas, como os corações em volta de Cirino quando ele se apaixonou à primeira vista por Maria Joaquina e os cifrões nos óculos da diretora ao conhecer a nova aluna rica da escola. Ficou parecendo desenho animado. Muito legal!
Mas importante mesmo é a forma delicada, digna e eficiente com que Iris tem abordado temas complexos, como racismo, conflitos sociais, bullying, competitividade exarcebada… Ela vem tratando com distanciamento, sem demonizar ninguém. Uma cena marcou bem essa opção. Na mesa de almoço, Maria Joaquina conta a seus pais Miguel (Fábio Di Martino) e Clara (Adriana Del Claro), que tem um menino negro em sua sala e que ela não foi com a cara dele. E que o garoto não é da sua laia… O médico tenta mostrar à menina que não é porque Cirilo é “diferente”, ele é menos humano ou merece menos respeito do que ela. Mas a pequena estava irredutível em seu preconceito e Miguel preconiza que “a vida irá lhe dar uma lição, minha filha”. Essa sequência mostrou que Maria Joaquina tem um pai consciente e uma mãe omissa, mas nada preconceituosa, só que, mesmo assim, desenvolveu essa intolerância racial horrosa. E que os pais – por mais que tentem – se sentem incapacitados de abrir a mente e o coração da filha para o sentimento horrível que está nutrindo pelo menino negro.
É uma questão muito complicada e que será resolvida com a ajuda de uma professora dedicada como Helena. E a gente fica pensando: que maravilha seria se pais e professores – na vida real – também conseguissem convergir para um mesmo propósito e não ficar jogando nas costas do outro, um do outro, a responsabilidade pela educação e civilização das crianças. Quem sabe Carrossel não ajuda a fomentar essa ideia?
Para completar, quero citar ainda a ótima trilha sonora da novela. O lindo tema de abertura,Carro-Céu, é interpretado pela dupla Priscila Alcântara e Yudi Tamashiro (do Bom Dia & Cia) e Priscila cana ainda A Ciranda da Bailarina, do mestre Chico Buarque. Já a apresentadora Eliana gravou uma versão do clássico To Sir With LoveAo Mestre Com Carinho. E tem ainda outros sucessos: Aquarela (Toquinho), Não é Proibido (Marisa Monte),Sonhos Pra Quem Sonha (Simony), Os Super Heróis (MPB4), além de Espelho (Patrícia Marx), Varinha de Condão (Maisa Silva), Fico Assim Sem Você (Roberta Tiepo) e Beijo, Beijinho Beijão (Larissa Manoela), entre outras. Carrossel é uma fofura sim e não fica nada a dever a seu original, que marcou toda uma geração quando foi exibida pelo mesmo SBT em 1991. Parabéns!
Lívia Andrade interpreta Suzana, a substituta de Helena e tenta arrebatar o coração das crianças e fará de tudo para ocupar o posto da titular do cargo e conquistar Renê (Gustavo Wabner), que substituiu a professora de música Matilde (Ilana Kaplan) após a mesma abandonar o cargo por causa das travessuras dos alunos do terceiro ano. Conta com a diretora Olívia (Noemi Gerbelli), o adorável jardineiro Firmino Gonçalves (Fernando Benini) e uma participação da supervisora Bernadete (Cris Poli).
Fonte: Jorge Brasil (Contigo Online)

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